quinta-feira, 27 de maio de 2010

USO DE RUAS - "Corpos" Colchão

            O artista Heleno Bernardi produziu colchões com formato de corpo e os colocou em diversos locais. Ele explica que a obra tem a ver com a maneira com a qual nos relacionamos com a cidade, através de nosso corpo. Mas o foco do trabalho está na relação entre abrigo e desabrigo.



Imagens:http://enquantofalo.blogspot.com/
Mais sobre a proposta do artista:
http://jbonline.terra.com.br/pextra/2009/09/11/e11093861.asp

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Parque de diversões Arrudas




Nosso projeto de intervenção do Rio Arudas é de transformar parte do rio em um parque de diversões navegável. Nossa idéia inicial era fazer um espaço mais cultural, porém a carência de um parque de diversões com brinquedos originais e de fácil acesso para a população nos levou a desenvolver esse projeto.

A idéia é que esses brinquedos pudessem navegar o rio e para que isso ocorra eles funcionariam como “balsas” e o rio contaria com um sistema de eclusas para que o nível de água pudesse ser alterado propiciando a navegação das balsas sem prejudicar o restante do percurso do rio.

Achamos interessante desenvolver um brinquedo que pudesse ir além da idéia de diversão. Com isso desenvolvemos A TORRE DE BABEL. Esse brinquedo conta com diversos patamares que propiciam diferentes visões da cidade de Belo Horizonte. Essa torre possui uma parte que está submersa no rio, esses patamares pode funcionar como galeria de arte, espaços para oficinas e workshop e apresentações culturais. Além da escada. Que dá acesso a todos os patamares o interior da torre conta com escorregadores.



O TEATRO BALSA foi desenvolvido para funcionar como um espaço eclético onde poderão ocorrer apresentações teatrais e musicais por exemplo.




A CORRIDA DE HAMISTERS será o cargo chefe das atrações. As pessoas poderão fazer o percurso do rio dentro de bolas infláveis e elas terão o controle para navegarem para qualquer lado do rio. Essa atração proporcionará diversão para todas as idades!



A BALSA LABIRINTO, como o próprio nome sugere, contará com um grande labirinto porém com uma proposta estrutural mais ousada. O labirinto será feito com plantas usadas em cerca viva o que garantirá um aumento da área verde no percurso.



A parte externa do rio contará com os decks e com os quiosques. Esses decks funcionarão também como pista de caminhada.

sábado, 10 de abril de 2010

REVITALIZAÇÃO: ESPAÇO CULTURAL ARRUDAS

Nossa idéia inicial para a revitalização do Rio Arrudas é transformar uma parte de seu curso em um local agradável para as pessoas caminharem e desfrutarem de atrações culturais. Pensamos em construir uma passarela nas margens do rio (fig.1) com quiosques, elas seriam destinadas para caminhada.


A área que se destina hoje aos pedestres seria exclusiva para os ciclistas. Essa parte escolhida para a intervenção será delimitada por um sistema de eclusas (fig.2) que controlará o nível da água para que as atrações culturais ocorram.




Rio Arrudas cheio (usando o sistema de eclusas)

Essas programações culturais acontecerão sobre estruturas semelhantes à balsas que navegarão a área delimitada. Existirão três estruturas: uma "tenda" para exposições artísticas, uma balsa que terá um cinema panorâmico e um pequeno anfiteatro que exibirá peças teatrais e shows. O cinema terá formato semelhante ao da Igreja São Francisco de Assis e sua estrutura será inspirada no projeto Cavidad Textil da arquiteta Zaha Hadid.
"Tenda" para exposições artísticas



Cinema Panorâmico


Cinema Panorâmico sobre a balsa

Anfiteatro

domingo, 28 de março de 2010

Garimpo BH

          Na cidade de Belo Horizonte podemos encontrar diversos tipos de lugares, cada um com sua especificidade, formando uma complexa malha urbana. A interação ou falta desta entre o homem e a cidade nos dá uma classificação para estes diversos locais.
           Quando estamos dentro de um carro ou ônibus, não temos o costume de observar a organização das avenida.Ao analisarmos essas vias de tráfego da capital percebemos que a interação delas com a população é restritamente funcional. Por isso caracterizamos as avenidas como espaços isotópicos e neutros, já que todas as avenidas nos servem da mesma forma, como meio de passagem e se aparentam fisicamente, são planificadas e largas.

                                                           
          As praças podem ser caracterizadas como espaços isotópicos por se assemelharem, a Raul Soares assim como a Praça da Liberdade são locais arborizados, com fontes e trazem uma suavidade para o ambiente urbano. Porém, diferentemente das avenidas, não são espaços neutros já que os espaços que as praças ocupam se transformaram num microcosmo, onde muitas pessoas aproveitam para fazer caminhadas e exercícios físicos e também usam como forma de lazer.

          O Mercado Central tem um comportamento curioso a ser analisado. Quando criado, não havia distinção entre os outros mercados da cidade, sua função era única e exclusivamente de mercado, ele funcionava então como um espaço isotópico. No entanto, ao longo da historia de Belo Horizonte o Mercado foi criando uma relação de identidade maior com a cidade, tornando-se um importante ponto de referência, que mostra aos milhares de visitantes um pouco dos costumes regionais. Ao atingir esse valor o mercado passa a ter um significado de lugar heterotópico.

          Temos também a construção da Pampulha, que na época representou a inserção de Minas Gerais na era do desenvolvimento urbano industrial moderno. Na criação do lugar uma das intenções era lançar Belo Horizonte no circuito cultural. Por um tempo a proposta deu certo, mas com o passar dos anos a Pampulha perdeu o sentido de um espaço cultural e tornou-se um espaço neutro, pelo menos para a população local.


Fonte:http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/

sábado, 27 de março de 2010

Belo Horizonte por um autor arquiteto



A Fazenda do Cercado, com a chegada de viajantes e bandeirantes que por ali passavam e paravam, deu origem ao Curral Del Rei. Embora continuasse subordinado a Sabará, aos poucos o arraial cresceu, tornando-se independente. Quando houve a Proclamação da República (em 1889) o nome do arraial foi mudado pra Belo horizonte, e junto com a mudança de nome veio a notícia da construção da capital naquele local.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.
Ao longo da história da cidade, a ocupação do solo de Belo Horizonte sofreu constantes transformações. Uma das regiões em que isso é mais perceptível e que podemos nos confrontar com a arquitetura de várias épocas é a região centro sul da capital.
A região central, por exemplo, teve a função comercial mais presente desde sua criação, porém por volta das décadas de 60 e 70, parte do comércio se transferiu para a região que hoje conhecemos como Savassi. Esse comércio que se transferiu para a Savassi era mais elitista e atendia a parcela da população que morava no Bairro Funcionários, nas proximidades da Praça da Liberdade. Já o centro passou a ser frequentado por uma porção da população com renda mais baixa, moradores principalmente do Barro Preto. Muitas edificações no centro foram desocupadas então, e após um tempo foram destruídas dando lugar aos primeiros arranha-céus de Belo Horizonte.
A região do Barro Preto, assim como as do Santo Agostinho e de Lourdes, foi uma região com ocupações primeiramente mais precárias, que se faziam ao redor dos córregos Leitão e Barroca. As casas eram pobres e não se tinha infra-estrutura como no Bairro Funcionários e região Central. Porém, em 1930 o Barro Preto se torna um bairro industrial e mais tarde os rios são canalizados. Com o desenvolvimento da cidade esses três bairros citados acima se valorizam e as pequenas construções dão lugar para grandes casarios que ate hoje podem ser observados.
Com a valorização dos terrenos nas regiões mais centrais, a parcela mais pobre da população foi em direção às regiões suburbanas. Essas regiões formadas por chácaras num primeiro momento, tinham a função de abastecer a capital, como era previsto no projeto de Belo Horizonte. Essa migração contribui para segregação urbana. O Bairro Sion, por exemplo, situado na ex-colônia agrícola Adalberto Ferraz, foi ocupado primeiramente com uma favela (Favela Vira Saia) que se desfez por volta de 1960, quando a expansão da Avenida Afonso Pena foi realizada. A partir de então muitos bairros foram criados, propiciando a também formação de algumas centralidades observadas hoje na cidade como a área hospitalar, que além de hospitais, concentra um grande numero de consultórios particulares em seu entorno, Venda Nova, que possui diversos serviços e um intenso comércio na Avenida Padre Pedro Pinto, Mercado Central entre outros.
Portanto o progresso e o crescimento da capital mineira são marcados pelas diferentes formas de ocupação do solo. O exemplo, talvez mais gritante disso, é o atual Bairro das Mangabeiras. Inicialmente, aos pés da Serra do Curral instalou-se uma mineradora, visando à exploração do local, em que britas e macadame eram extraídos para abastecer a construção civil na cidade. Em 1950 com o fim da exploração do local a população mais pobre se estabeleceu criando a Vila Acaba Mundo. E já por volta de 1960 e 1970, devido ao belíssimo visual da Serra do Curral muitos terrenos são vendidos e varias mansões são erguidas. Devido esse crescimento desenfreado, para que a preservação de uma parte da Serra do Curral cria-se por volta de 1982 o Parque das Mangabeiras, como extensão do verde e forma de lazer para a população.
Todos esses são exemplos de diferentes formas permanentes de uso do solo. No entanto, temos em Belo Horizonte casos de apropriação intermitente como a feira de artesanato, que ocorre aos domingos na Avenida Afonso Pena. Essa forma de uso é capaz de dar à avenida a condição de lugar, onde existe uma relação entre aquele espaço e as pessoas, que vão ate lá para comprar, vender ou apenas visitar. Diferentemente do que ocorre durante a semana em que a avenida tem única e exclusivamente a função de deslocamento, funcionando assim como um não-lugar.
A Avenida Afonso é um microcosmo em que podemos analisar o que ocorre na cidade como um todo, que é viva, dinâmica, sujeita à transformações frequentemente. Por isso planejar uma cidade é algo tão complexo, é preciso lidar com o inesperado e aprender com os erros. Logo nos primeiros anos de Belo Horizonte observamos que o projeto de Aarão Reis não ocorreu como planejado: a primeira zona suburbana, cresceu de forma desordenada. Nos bairros São Lucas e Serra é visível as distintas formas de ocupação, não observa-se o alinhamento nas ruas e quarteirões, como ocorre dentro da Avenida do Contorno. A utopia da cidade organizada, setorizada gerou assim o caos que presenciamos diariamente.

sexta-feira, 26 de março de 2010

A utilização dos rios como opção de lazer e cultura: Rio Arkansas


O Riverwalk foi um projeto que devolveu ao Rio Arkansas o seu percurso original no centro da cidade de Pueblo no Colorado, EUA. O rio foi a força vital da cidade por 300 anos e, em 1920, foi desviado após uma inundação devastadora que destruiu grande parte de Pueblo.

Sua relação com a cidade sempre foi relevante principalmente por questões de cunho econômico e atualmente não é diferente. A revitalização do rio transformou o centro da cidade e fez daquele espaço um atratativo tanto pra os moradores quanto para turistas. Criou-se um local para lazer e cultura que move a economia da cidade e também proporciona um bem-estar para os habitantes da região que podem usufruir diariamente das áreas verdes e atrações culturais.

O “parque” conta com uma infra-estrutura excelente, com espaços para shows, festas e apresentações culturais além de um anfiteatro e laboratórios ao ar livre onde um pouco da história de Pueblo é mostrada aos visitantes. O rio pode ser navegável por gôndolas ou pedalinhos e fornecem aos visitantes uma belíssima paisagem que retrata aspectos históricos da região!



Fonte:http://www.puebloharp.com/